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  • Foto do escritorMauro Popovs

Conheça mais sobre o conflito entre Árabes e Judeus em Israel

Atualizado: 12 de out. de 2023

Saiba mais sobre a origem política e religiosa que gera conflitos até hoje entre estes dois povos

Ilustração da luta entre David (Hebrew / Judeu) e Golias (Filisteu / Palestino)

'​זכר ימות עולם בינו שנות דור ודור... - דברים פרק ל"ב פסוק ז

Lembra-te dos dias da antiguidade, atenta para os anos, geração por geração... (Deuteronômio 32:7)



Hoje, dia 11/10/2023 o mundo acompanha um fato histórico que pessoalmente espero que definitivamente traga um resultado ao final em relação a paz, a segurança e a qualidade de vida de Judeus e Palestinos no Estado de Israel. Um local que tive a oportunidade de realizar muitos sonhos de muitas pessoas que procuravam em sua maioria se conectar com sua fé, entre cristãos católicos ou evangélicos, kabalistas, jornalistas, pesquisadores e outros.


IMPORTANTE

Desde a declaração de guerra de Israel contra os terroristas do Hamas, várias pessoas mandaram mensagens bem agressivas nas minhas redes sociais, defendendo uma opinião sem saber ou estudar *antes* sobre os fatos históricos sobre este conflito e principalmente sobre as reais motivações. Para afirmarmos algum assunto é preciso saber um pouco além da história, entender os objetivos de cada um e este é o meu principal objetivo com este tema do blog.


Qual o motivo do ataque do Hamas a Israel?

Indo direto ao ponto, a motivação da invasão do Grupo Terrorista Hamas ao território de Israel se deu ao fato da Arábia Saudita estar prestes a assinar um acordo de paz e negociações com Israel, reconhecendo assim o estado de Israel como legítimo, oficial, independente e autônomo. Ao contrário do que diversos países Árabes aceitam e principalmente países que tem a religião muçulmana como ponto principal de seu governo. Para aquelas pessoas que gostam de colocar suas opiniões em apoio aos Palestinos, como se esta ação do Hamas fosse em revolta ao tratamento que Israel faz com a população Palestina na região. É necessário antes entender que um grupo terrorista é financiado por alguém, ou eles acham que os mísseis e as armas adquiridas pelo grupo Hamas foi comprado através dos rendimentos frutos do árduo trabalho honesto dos terroristas? No estatuto do Hamas, está descrito claramente a destruição total do estado de Israel, este estatuto por si já diz qual o objetivo do grupo. Ainda não foi comprovado que o Irã teve envolvimento direto ao financiamento do novo poderio bélico do Hamas, a suspeita é porque o Irã sempre foi o principal financiador dos grupos terroristas Hamas e Hezbollah e é o principal inimigo do estado de Israel, mas também é inimigo da Arábia Saudita. A suspeita se deu porque o Hamas operou com uma variedade de mísseis de longo alcance como o M-75, que avança até 75 km, o Fajr (até 100 km) e o R-160 (até 120 km). Também conta com alguns M-302s, que chegam ainda mais longe, até 200 km. O valor no mercado negro para apenas um míssil "Long-range M-302" ultrapassa os US$ 230.000 e foram disparados mais de 05 mil mísseis para atingir, não apenas alvos militares, mas civis. Para um local que necessita de tanta infra estrutura como Gaza, fica claro que o Hamas não estava interessado em investir este dinheiro para construção de escolas ou hospitais. Israel gasta para cada míssil de interceptação em média US$ 60 mil para tentar defender seu território. Qual foi a reivindicação para melhoria de vida do povo Palestino? Sequestros, decapitação de 40 bebês, além do assassinato de diversos civis entre jovens, velhos e crianças. Isso foi em troca do que? É uma pergunta muito simples que eu gostaria que estas pessoas pudessem responder, já que defendem o que o Hamas fez.

A imagem acima descreve a quantidade média de fornecimento de alimentos, suplementos e equipamentos médicos, produtos agrícolas, materiais de construção, além de diversas outras coisas. Você sabia que para que as pessoas viverem em Gaza é Israel que fornece água, energia elétrica, gás e comida. Além de internet? Fiquei impressionado com a quantidade de caminhões enfileirados com mantimentos para descarregar, tudo isso para os Palestinos em Gaza. Pesquisem...

Vejam, esta ação do Hamas não é o pensamento e nem o raciocínio das diversas famílias Palestinas que vivem no território de Israel. Eu posso dar meu relato pessoal após todos os anos que trabalho com o destino, levando grupos para visitar Israel. Diversos hotéis em Israel tem famílias Palestinas como seus proprietários e praticamente em todas as ocasiões, os motoristas dos ônibus que levam os grupos, inclusive alguns motoristas são os proprietários dos ônibus e são Palestinos, a grande maioria dos restaurantes em que comemos ao longo do percurso são Palestinos, de proprietários Palestinos com obviamente seus funcionários da mesma origem, em todo o bairro Muçulmano na parte amuralhada de Jerusalém os proprietários da grande maioria das lojas são palestinos e alguns guias em Israel são Palestinos e posso garantir que são ultra profissionais e entregam a melhor qualidade que possam comprovar em seus serviços. Na empresa, de origem Judaica que eu trabalhei por muitos anos, alguns funcionários moravam em Belém e vinham todos os dias para o escritório, sendo que uma delas era nada mais do que uma diretora de um setor. O convívio diário entre Judeus e Palestinos no território, para cidadãos de bem, sempre foi harmonioso. As medidas rígidas, muitas vezes impostas aos Palestinos tem o objetivo no reforço da segurança, pois militantes do Hamas estão inseridos meio a população e os atos de terror promovidos por eles, afetam diretamente famílias inocentes na região.

Como nasceu a Palestina

Todos sabem que a região de onde hoje é o atual estado de Israel foi dominado pelo Império Romano, a data oficial da ocupação é de 37 a.C, nesta época a região de chamava Judéia, por isso o povo que vivia nesta região recebia o nome Judeus o que acontece até hoje. As pessoas que viviam nesta época sofriam muito devido a crueldade do Império Romano, principalmente por cultuarem uma religião diferente do povo Romano. Por este motivo, diversos grupos se revoltaram e travaram lutas contra os soldados Romanos. Mas em uma destas revoltas ocorreu um evento que mudou a situação de todos os Judeus/Hebreus que viviam nesta época, chamado *Bar Kokhba* seu nome original, foi a Terceira guerra Judaico-Romana ou Revolta dos Barcoquebas que aconteceu no ano de 132 d.C, onde Judeus se reuniram e atacaram de surpresa os soldados Romanos fazendo com que tivessem grandes perdas. Devido a esta revolta, o Imperador Adriano despachou para a Judéia seu melhor general, chamado Sexto Julio Severo, que, usando as técnicas de guerra que eram imbatíveis na época e com um efetivo de 10 legiões (100 mil homens), exterminaram todos os oponentes do Império Romano. Após este acontecimento, como punição devido a revolta do povo Judeu/Hebreu, o Imperador Adriano mudou o nome de Jerusalém para *Élia Capitolina* e toda a região ao invés de se chamar Judéia, como seu nome original, foi alterado para Síria Palestina, de forma proposital, pois os Palestinos / Filisteus sempre foram os grandes inimigos do povo Judaico a séculos. Judeus foram impedidos de entrar em Jerusalém, com pena de morte para quem entrasse, ficou proibido que a religião Judaica pudesse ser cultuada em toda a região, proibições da leitura do *Torah (Bíblia Judaica), circunsição e as habituais práticas judaicas. O povo Judeu foi sendo expulso ou morto e na região além dos Romanos foi habituada pelos povos árabes, chamados por viverem na região de Palestinos. Até que no ano de 70 d.C aconteceu a grande diáspora, a expulsão por completo do ppovo judeu de suas terras. Creio que fica claro que a região, o que hoje é um país se chamava originalmente "Judéia" onde viviam os judeus e posteriormente foi trocado por "Síria-Palestina" onde, após a expulsão dos judeus foi sendo ocupada pelos Palestinos.


Sobre o conflito Político

Um conflito que gerou muitos mortos e milhares de refugiados ao longo do tempo, e que permanece sem uma solução até hoje. Continuando a cronologia descrita no tópico acima, no ano de 70 d.C onde ocorreu a chamada "Diáspora Judaica", os Judeus foram forçados a deixar sua terra natal e criarem diversas comunidades judaicas pelo mundo, principalmente na Europa. Como a maioria do povo judeu se encontravam nos países Europeus, no século IX as comunidades judaicas iniciaram um movimento chamado "Movimento Sionista", o principal objetivo deste movimento nacionalista seria em criar um estado para todos os judeus no mundo. Desta forma poderiam se proteger melhor, manter sua tradição e religião e não sofrer mais com perseguições e preconceitos. Inclusive a criação deste movimento Sionista, foi criado em resposta após a perseguição anti-semita dos nazistas e ao holocausto, que gerou mais de 6 milhões de mortes de judeus nos campos de concentração e em diversos outros lugares.


Retorno do povo judeu ao reino histórico de Israel

Os locais iniciais sugeridos para a criação do novo estado de Israel seriam em uma região no sul da Argentina, ou no continente Africano, em Uganda ou na Sibéria na região de Birobidjan que já era uma região fundada por uma comunidade Judaica. Mas uma parte do movimento Sionista defendia o retorno do povo Judaico ao reino histórico de Israel, a região que nesta época estava ocupada pelos árabes palestinos sob o domínio do império Otomano. A área sugerida pelo movimento sionista no território Palestino seria a faixa de 400 kms de extensão entre o Mar Mediterrâneo e o Rio Jordão. Importante levar em consideração que uma pequena comunidade judaica jamais abandonou o território de Israel, embora sua população seria predominantemente Árabe/Palestina. Entre os anos de 1914 a 1918 ocorreu a primeira guerra mundial, que acabou com o império Otomano que dominava a região do Oriente Médio. As forças militares reunidas dividiram ás áreas no Oriente Médio e o território da Palestina ficou sob o domínio da Inglaterra, que foi muito importante para o apoio do movimento Sionista no futuro, onde foi criada a "Declaração de Balfour", que simplesmente seria o apoio formal do Governo Britânico na criação do novo Estado Judeu na Palestina, mas nesta declaração estava escrito que nada deveria ser feito para prejudicar os direitos civis e religiosos dos Árabes que viviam nesta região. Após a determinação e o apoio do Governo Britânico, Judeus de diversos locais do mundo e também judeus que haviam sobrevivido ao Holocausto iniciaram um novo êxodo de diversos países e começaram a retornar á Israel, sendo milhares de famílias, que após a Segunda Guerra Mundial já somavam mais de 600 mil pessoas. Na época este número já seria a metade da população árabe em todo o país. Obviamente os conflitos entre os povos começaram a surgir, e ainda sob o domínio do Estado Britânico o caso foi levado a ONU para que se discutisse uma solução, estamos no ano de 1947 quando sugeriram o plano de partilha que consistia em criar dois estados independentes, um Árabe e outro Judeu e apenas Jerusalém havia tido um plano especial. Os judeus aceitaram a proposta de imediato mas ao contrário, os Árabes não aceitaram. Na data de 14 de Maio de 1948, dois fatos históricos importantes aconteceram, uma foi o fim do mandato britânico na Palestina, neste dia também foi quando foi proclamado a Independência do Estado de Israel pelo líder judeu na Palestina David Ben Gurion. Mas no dia seguinte 5 países árabes vizinhos declaram guerra ao novo estado de Israel e invadem o país.


Início da guerra moderna entre Árabes (Muçulmanos) e Judeus

No ano de 1948, após a não aceitação do acordo da divisão entre dois estados independentes na região da Palestina, 5 países Árabes, vizinhos ao novo estado de Israel invadiram o país, marcando o primeiro conflito entre Árabes e Judeus. Após 1 ano de batalha, Israel não apenas venceu a guerra como expandiu seu território e ocupou a parte ocidental de Jerusalém, a parte Oriental de Jerusalém fica sob o domínio da Jordânia tanto quanto as partes do território que ainda hoje são denominadas Cisjordânia. E o Egito ficou inicialmente com a região de Gaza. Os palestinos que viviam anteriormente nas áreas que agora estavam ocupadas pelos judeus tiveram que fugir para os países vizinhos, especialmente a Jordânia ou outras áreas da região controladas pela Cisjordânia ou Gaza, controlada pelo Egito. Estamos falando de mais de 750 mil palestinos. Este evento foi chamado pelos Árabes de "Al-Nakba" que significa "desastre" ou "catástrofe", foi o nome dado ao êxodo dos palestinos para outros países ou em um assentamento criado que é Gaza.

Refugiados no evento da Diáspora Palestina de Nakba de 1948

Hoje os refugiados desta guerra somam, ao todo, mais de 5 milhões de pessoas, são os filhos e netos dos antigos moradores das áreas da palestina refugiados no ano de 1948. No ano de 1956 ocorreu a crise no Canal de Suez, o confronto militar desta vez foi entre Egito e Israel e neste caso, Israel teve o apoio do Reino Unido e da França. Conhecido também por Guerra do Sinai, o conflito se deu devido ao Presidente do Egito nesta época, o Sr. Gamal Abder Nasser nacionalizar o Canal de Suez que era anteriormente controlado pelo Estado Britânico e era um importante meio comercial de ligação entre o Mar Vermelho, estreito de Tiran e ao porto de Aqaba. Neste caso o Porto de Eilat em Israel ficaria bloqueado. Após 09 dias de conflito as tropas de Israel, França e Reino Unido se retiram do Egito e as fronteiras continuaram como estavam antes, que permaneceu até junho de 1967, onde ocorreu a famosa Guerra dos 06 Dias, este foi o terceiro conflito militar entre Árabes e Judeus, e ao final dos 06 dias Israel havia conquistado a região da Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a península do Sinai que pertencia anteriormente ao Egito. O último grande conflito militar ocorreu em 1973 que foi a Guerra do Yom Kippur, originada pelo Egito e a Síria, a Guerra do Yom Kippur que teve a duração de 20 dias. Após a guerra, no ano de 1978 o Egito foi o primeiro país Árabe a assinar o acordo de paz com Israel, a através deste acordo foi devolvido ao Egito à região do Deserto do Sinai mas eles renunciaram Gaza sob seus cuidados. Logo depois a Jordânia assinou também um acordo de paz com Israel, se tornando um dos países de grande fluxo comercial. Os outros países Árabes da região do Oriente Médio além do Egito e Jordânia, não consideram a ocupação de Israel como legal e permanecem inflexíveis a um acordo de paz. Desde 2007 a região de Gaza é controlada pelo grupo Hamas, que em árabe significa "fervor" ou "entusiasmo", é um grupo de fundamentalismo religioso e em seu nome original está como: "Movimento de Resistência Islâmica", é um braço político e militar com o objetivo totalmente voltado a fé islâmica em reconquistar a antiga área da palestina, o que é hoje o estado de Israel com o objetivo claro em implantar o controle total regido pela religião islâmica. Em seu lema religioso é "Allah é nosso objetivo, o profeta é nosso modelo, o Corão é nossa constituição, a Jihad* é nosso caminho e morrer em causa á Allah é nossa maior esperança." Traduzindo a palavra *Jihad, no lema do grupo Hamas, o significado da palavra em árabe é "luta", e esta palavra é utilizada por diversos grupos religiosos islâmicos e grupos terroristas como "guerra santa" contra o Estado de Israel. No início dos anos 80 foi criado no Egito por palestinos o Grupo chamado "Jihad Islâmica", que em ação, assumiu a morte de 18 soldados em 1 ponto de ônibus em Beit Lid, no ano de 1995.

Grupo Hamas na região de Gaza / Israel

Os fatos relacionados acima é um breve registro sobre os principais acontecimentos políticos, para que entendam porque os dois povos mostram tanta hostilidade entre eles, o próximo tópico será sobre a parte religiosa, já que alguns locais no estado de Israel são sagrados também para a religião Islâmica.


Guerra religiosa entre Muçulmanos e Judeus

Mas será mais importante saber sobre a origem da guerra entre estes dois povos, já que ocupam a mesma região do Oriente Médio a mais de 5000 anos.


As principais religiões do mundo são abraâmicas: Judaísmo, Islâmismo e Cristianismo e tiveram o mesmo pai, Abrãao, então vamos começar com a história da chegada de Abraão até Israel, a antiga Canaã. Podemos dizer que à partir desde evento, a briga entre Árabes e Judeus teve início. Abraão viveu por volta de 1800 a.C, ele nasceu na cidade de Ur na antiga Babilônia, hoje a região está localizada a 90kms ao sul de Bagdá no Iraque. Pertencia a uma família Nômade e por uma ordem explícita de Deus saiu de sua terra natal com destino a terra prometida, onde lá, faria uma grande nação, como descrita na bíblia no capítulo de (Gênesis 12, 1-3). Chegando á terra prometida apontada por Deus, Abraão já com idade avançada não conseguia ter filhos com sua esposa Sara, após 11 anos de sua chegada a terra prometida, Abraão já com 86 anos de idade consegue ter seu primeiro filho Ismael (Gênesis 16:15, 17:23) só que, com sua escrava "Agar", que era de origem Egípcia, ou seja, Árabe! Ismael foi criado como um filho do deserto, selvagem e rebelde. E após 13 anos do nascimento de seu primeiro filho Ismael, consegue gerar seu filho Isaac com sua esposa Sara, agora Abraão já estava com 100 anos de idade. No desmame de Isaac, Ismael desferiu insultos e xingamentos a Isaac, foi onde Sara pediu para que Abraão expulsasse Agar e Ismael, que agora estava com 14 anos de idade. Expulsou-os para o deserto, mãe e filho, oferecendo a eles apenas um pouco de água e um pouco de pão (Gênesis 21, 14-16), Ismael cresceu apenas com sua mãe em uma cidade entre a região de Israel e o Monte do Sinai no Egito e se transformou em um exímio arqueiro. Ismael teve 12 filhos que originaram muitas tribos e colônias Árabes, entre eles os Ismaelitas que ocuparam posteriormente as áreas desde o Mar Vermelho até o Eufrates. Em resumo, Abraão teve seu primeiro filho com metade de seu sangue Árabe, devido a Agar ser de origem Egípcia e Ismael foi pai de uma parte da nação Árabe, mas foi expulso de sua família original, gerando diversas interpretações religiosas e conclusões pelos islâmicos.

Abraão em temor a Deus, devido a uma ordem direta proferida a ele, onde Deus disse: “Pega no teu filho, o teu único filho, Isaac, a quem amas, e vai à terra de Moriá, e oferece-o ali como holocausto numa das montanhas das quais te hei de falar” (Gênesis 22: 2), Abraão então se dirige com Isaac até o Monte Moriá e em uma pedra apontada por Deus prepara seu filho para ser sacrificado, no último instante Deus providenciou um carneiro que foi oferecido no lugar do menino. "Guardem este momento na memória, sobre a pedra, ok? Irei colocar mais para frente como este evento se tornou tão importante e um ponto de conflito até nos dias de hoje", continuando... Abraão foi o pai das principais religiões do mundo, Isaac filho de Abraão foi pai de Jacob, neto de Abraão e foi o criador das 12 tribos judaicas, ou seja, foi o patriarca do povo de Israel, os Judeus. Ismael filho de Abraão criador do povo Árabe. Vamos considerar aí o início do conflito entre Árabes e Judeus.


A disputa pelos mesmos locais sagrados

Meca, a cidade localizada na Arábia Saudita a uma distância de 1.482 kms de Jerusalém, conforme diz a tradição muçulmana a "Kaaba", que é aquele edifício quadrado em cor negra que fica no centro da Mesquita mais importante do Islã foi criado por Abraão e seu filho Ismael, pai da nação Árabe, segundo a tradição islâmica. É um local sagrado e o próprio local é um dos pilares da religião islâmica, já que um adulto tem a obrigação religiosa do "Hajj", que é a peregrinação que todo Islâmico adulto deve fazer pelo menos 1 vez na vida, em visitar Meca e agir conforme a tradição manda. Meca é o local de nascimento de Maomé, o principal profeta do Islã. Maomé nasceu em 571 d.C e quando tinha 40 anos de idade, recebeu a visita do Arcanjo Gabriel e este o levou até o sétimo céu, onde pode ter a visão de Deus sentado em seu trono cercado por anjos e lá, ele recebeu a ordem em criar uma religião que fosse submissa a Deus, foi criado então o Islã, que em árabe significa "submissão". Em algumas escrituras relata que o local da pedra onde Abraão ofereceu a vida de seu filho Isaac a Deus, no Monte Moriá em Jerusalém, foi o mesmo local onde o Arcanjo Gabriel teria levado Maomé até o sétimo céu, embora em nenhuma inscrição original do Alcorão é encontrado este evento.

Domo da Rocha no Monte do Templo em Jerusalém

Atualmente no Monte Moriá se encontram o segundo e terceiro local mais sagrado para a religião islâmica, a mesquita de Al Aqsa e o Domo da Rocha. O Domo da Rocha, mesquita que cobre a pedra sagrada, inclusive a pedra original se encontra na parte interna da mesquita, lembram-se da pedra pela história de Abraão e Isaac? Pois é! Historiadores afirmam que o Domo, que foi construído no ano de 691 d.C, foi uma obra que os Muçulmanos construíram apenas para comemorar a vitória sobre os Cristãos e não para marcar o evento em que Maomé ascendeu aos céus, como disse anteriormente não aparece no alcorão. No Monte Moriá, ou Monte do Templo, que hoje em dia se encontra sobre o controle da Jordânia, ou seja, sob o controle da religião islâmica. O local foi onde o Templo de Salomão foi construído por duas vezes e este templo guardava a Arca da Aliança, o local era considerado para o povo de Israel como a morada de Deus e por este motivo sagrado para o Judaísmo. O acesso aos judeus no Monte do Templo tem que ter autorização com antecedência, e normalmente são acompanhados por uma guarda armada para fazer segurança, pois o local nos dias de hoje são frequentados pelos Árabes de todos os cantos do mundo como um dos locais de peregrinação e é frequentado pelos Palestinos que vivem em Israel e não veem com bons olhos a presença de Judeus no local, e por este motivo já foi palco de muita confusão.


Viver presencialmente a história visitando Israel é uma experiência inesquecível, passar pelos lugares históricos desde a época de Abraão, Rei David, Jesus, Templários e a história política desde o retorno dos judeus a Israel e momentos históricos das marcas da guerra entre estes dois povos, que podem ser vistos nos portões e muros da cidade antiga de Jerusalém.


Eu sou o Mauro Popovs, guia e especialista no acompanhamento de grupos, capacitação e elaboração de viagens de incentivo e peregrinações para a empresa Hajjat Tours, uma das empresas turísticas mais antigas e conceituadas da Jordânia. Espero que o conteúdo do Blog possa ter sido útil em sua busca e espero vê-lo(a) em nosso próximo grupo para Terra Santa.

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Mauro Popovs

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