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Atendimento de Primeiros Socorros para Guias - Animais peçonhentos (Parte 2)

  • Foto do escritor: Mauro Popovs
    Mauro Popovs
  • 30 de set. de 2024
  • 27 min de leitura

Atualizado: 3 de jun.

Primeiros socorros para ocorrências através de ataques de cobras, aranhas, insetos e animais peçonhentos

Trabalhando como guia de viagens, em roteiros nacionais ou internacionais, perdi a conta de quantas vezes conduzi passageiros ou clientes em locais para que tivessem contato total com a natureza. Levando-os para conhecer praias, cachoeiras, matas fechadas, campos de flores, fazendas, deserto, cavernas, montanhas, lagos e muito mais, a possibilidade de um encontro com um animal peçonhento poderiam acontecer a qualquer momento, embora estes encontros são "raros."


LINKS RÁPIDOS



FAUNA SINANTRÓPICA

Saber identificar locais que poderão oferecer risco aos seus clientes ou passageiros é uma das obrigações de um bom Guia de Viagem, por isso o estudo prévio das regiões a serem visitadas, além disso, o conhecimento prévio da "Fauna Sinantrópica" local, que poderá oferecer possíveis risco aos seus clientes nestes locais que serão visitados e principalmente saber o que levar, caso seja necessário aplicar APH e o passo a passo do que fazer. A definição de Fauna Sinantrópica classificam animais ou insetos vetores* ou animais que podem inocular toxinas prejudiciais ao ser humano, que inclusive poderão levar a pessoa á óbito. * Os animais vetores de doenças são aqueles que transmitem agentes infecciosos, como vírus, bactérias, protozoários ou parasitas, para outros organismos vivos.

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Saiba que toda vez em que acessarmos roteiros na natureza não poderemos alterar o meio ambiente, ou seja, não podemos matar, capturar ou alterar o ecossistema. Somos e sempre seremos visitantes e além disso, existe uma Instrução Normativa do IBAMA 141 de 19 de dezembro de 2006, criada para regulamentar o controle e manejo ambiental da fauna sinantrópica nociva e é interessante conhecer.

Aplicação de APH para toxinas via fauna sinantrópica

CINEMÁTICA DO TRAUMA

Como mencionado no Atendimento de Primeiros Socorros (Parte 1), caso aconteça o improvável e alguém sofrer um trauma relacionado ao tema, a identificação do risco é essencial, analisando a:

a) Espécie do animal

b) Tamanho do animal c) Potencialidade


TIPOS DE MECANISMO DE TRANSMISSÃO


Analise o tipo de transmissão da toxina, que poderão ser, através de: a) Mordida b) Ferroada c) Descarga elétrica d) Ferimentos por arranhão

e) Asfixia


TIPOS DE TOXINA Conheça o tipo de toxina que poderá ser transmitido ou o conjunto delas, sendo:

a) Inflamatória b) Neurológica c) Hemorrágica d) Coagulante

e) Miotóxia (afeta os rins e pode causar a paralisia do orgão)

f) Hemolítica


COMO IDENTIFICAR UMA COBRA VENENOSA

O primeiro passo para saber se haverá risco á sua vida através de uma mordida de cobra/serpente é a identificação do animal. Muitos parques naturais, apresentam os tipos de animais presentes naquela região, o ecossistema de cada local de mata possui um equilíbrio natural e os animais que vivem tem sua função específica, por isso, lembre-se que matar animais silvestres é crime. A Lei 9.605/98, que prevê reclusão de seis meses a 01 ano de detenção + multa. Nossa função como guias, será sempre conscientizar pessoas ao perfeito equilíbrio dos animais naquele local e nós somos os visitantes e não estes animais que vivem no bioma.


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A identificação da espécie é muito importante, mas saber identificar se a cobra/serpente é venenosa é essencial. No quadro ao lado, além da identificação através das características das cobras/serpentes venenosas, importante prestar atenção no tipo de mordida no local, na vítima ou em você. Perceba, que a maioria das mordidas de cobras que possuem veneno precisam ter acesso ao máximo a sua corrente sanguínea, como agulhas, para injetar o veneno.


Identificando os tipos de mordida de cobras/serpentes


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As serpentes áglifas, também chamadas de "Aglifodontes", possuem todos os dentes iguais e maciços, sem nenhum canal ou sulco para a passagem da peçonha. Essas serpentes costumam prender suas presas, enrolando-se nelas e matando-as por asfixia e constrição, sendo que sua mordida pode provocar sérios ferimentos.


O QUE FAZER E COMO FAZER EM CASO DE MORDIDAS DE COBRAS VENENOSAS

Sempre existiu muitos "mitos" e "crenças" no Brasil, que não funcionam e inclusive poderão avançar alguns processos de intoxicação do veneno e criar um quadro crítico que poderá levar a pessoa a óbito, tomem cuidado em acreditar nas crenças que você ouviu da sua avó, das pessoas mais simples ou mesmo de opiniões de quem simplesmente não sabe o que fazer. A taxa de mortalidade por pessoas que foram picadas por cobras, aranhas, escorpiões e outros animais peçonhentos é quase mínima e saber fazer o certo será essencial. Importante comentar que o estilo de vida de cada um, doenças pré-existentes, comorbidades e outras condições agravantes que por acaso você não saiba poderão alterar este resultado, mas, na maioria das vezes o conhecimento correto no atendimento salvará a vida da pessoa. Uma outra lenda, é que pessoas possuam ou carreguem consigo "soro antiofídico" para ser aplicado logo após a pessoa ser mordida. A aplicação do soro apenas será feita por um médico em um hospital, primeiro porque para cada espécie existe um tipo de soro a ser aplicado e ele deverá ser feito de forma lenta por via venosa diluída em soro. Além disso, a pessoa ficará sob observação internada no hospital. Além disso, o soro deverá ser mantido e conservado sempre em baixas temperaturas.




PROCEDIMENTO PASSO A PASSO O que fazer

a) A sua segurança é essencial, verifique se o animal ainda oferece risco à vítima ou a você

b) Identifique o animal e se possível tire uma foto, o soro a ser aplicado dependerá da espécie

c) Lave com água e sabão o local da mordida, se possível com água morna

d) Identifique o tipo da mordida, isso ajudará a identificar o procedimento a seguir

e) Se possível, deite a pessoa em local seco e protegido e eleve o membro da vítima

f) Chame ajuda e lembre-se que nem todo hospital possui Soro Antiofídico correto


O que não fazer a) Ingerir bebidas alcoólicas

b) Passar pó de café c) Passar couro de cobra d) Folhas de qualquer espécie e) Sugar a ferida para tentar extrair o veneno f) Cortar a ferida e espremer para tentar retirar o veneno

e) Fazer um garrote ou aplicar torniquete

f) Não aplicar nenhum soro localmente, apenas no hospital pelo médico


IMPORTANTE

O CID 10 - T63 é a identificação para efeito tóxico de contato com animais venenosos, caso você tenha que informar ou preencher algum formulário de entrada da vítima num hospital.

Em aula na Escola Preparatória Militar UNIBE/SP com o Ten. Daniel Pires do GEPAAR Grupo Especial de Policiamento Ambiental em Área de Risco, profissional qual eu recomendo totalmente e inclusive todo o conteúdo deste post é uma cópia da aula sobre animais venenosos. Em uma das aulas, o professor comentou sobre uma lógica que faz todo o sentido, e que mudou meu entendimento sobre o quadro de envenenamento e me tranquilizou inclusive. Em aula sobre o tema, ele comentou: "Se em uma situação hipotética, caísse um pingo de veneno num grande lago, isso poderia infectar ou intoxicar alguém? A resposta é não, pois seria diluída ao grande volume de água potável. O mesmo acontece com o corpo humano, o veneno terá rápido acesso á corrente sanguínea e se ajudarmos de certa forma a diluir o veneno isso poderá ajudar a vítima." Mesmo assim, deixar a pessoa em repouso e chamar ajuda é essencial, mas caso ele tenha que ser conduzida ate um hospital, tente levá-la com uma maca ou se caso forem caminhando, faça devagar e com calma. Caso a pessoa esteja com sede, ministre goles curtos de água.



LETALIDADE X TEMPO DE ATENDIMENTO
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A tabela acima é um estudo através do cruzamento do tempo x letalidade de uma mordida de uma cobra venenosa, contando o tempo á partir da identificação da mordida na vítima. Importante ressaltar que a tabela é um estudo levando em conta um adulto em boas condições físicas e a tabela servirá apenas para que tenham uma noção que é possível chegar até um posto médico ou hospital e o possível agravo da ação da toxina x tempo. Pessoas com problemas de saúde existentes ou crianças entram em quadros especiais, mas mesmo assim o padrão será a assepsia local, identificação do animal e a rápida ação em levar a pessoa até o hospital.

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CONHEÇA O TIPO DA COBRA COM MAIS INCIDENTES NO BRASIL E SEUS SINTOMAS
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A cobra chamada Jararaca, tem seu nome científico como (Bothrops), atualmente é o animal com mais notificações e casos de incidências com os seres humanos no Brasil. É importante saber o tipo da espécie para indicar ao hospital, isso para que estejam preparados e separarem o soro correto. A Bothrops é a espécie mais abundante e abrangente no Brasil. Abaixo uma breve visão sobre as espécies de Jararaca encontradas nas regiões do Brasil. Sendo 07 no Amazonas, 07 na região do Cerrado, 12 na Mata Atlântica, 02 na Caatinga na região do Sertão do Brasil, 01 na região dos Pampas no Rio Grande do Sul e 02 no Pantanal do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Por se encontrar em todas as regiões do país, isso prova o quanto a Jararaca é adaptável a qualquer tipo de bioma. Na foto acima, poderão ver alguns detalhes, que serão essenciais para a identificação desta espécie. Vejam que no corpo da cobra tem um desenho parecido com um "V" invertido, os olhos possuem Fenda Vertical, cobras que possuem este detalhe nos olhos, normalmente, possuem hábitos noturnos. Para a espécie Jararaca existem uma grande diversidade de cores, que poderá ser determinado pelo tipo de alimento ingerido pela cobra, o cruzamento entre as espécies e a adaptação ao bioma em que vivem. Fiquem atentos ao pequeno orifício de detecção de calor entre cada olho e narina, este orifício se chama "Fosseta loreal", é nada mais que um termômetro que ajuda a localizar sua presa pelo calor do corpo, isso dá as espécies que possuem a fosseta uma "visão" estereoscópica do calor e é um identificador de cobras que usam seu veneno para caçar. O bioma poderá também determinar o tamanho da cobra, que pode ter entre 1 metro a 1 metro e meio.


O tipo do soro antiofídico será o SAB de 10ML.
O tipo do soro antiofídico será o SAB de 10ML.
IDENTIFICAÇÂO DOS PRINCIPAIS SINTOMAS DA MORDIDA DA COBRA JARARACA
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*EDEMA DE SEGMENTOS Uma mordida de cobra dependendo do volume de veneno inoculado na sua corrente sanguínea poderá afetar 01 ou vários segmentos do seu corpo. Para ficar claro, imagine que você foi mordido em uma das mãos na região dos dedos, o veneno inoculado afetará esta região e poderá afetar toda a mão, somando assim 02 segmentos, caso os sintomas afetem todo o braço até a região do ombro somará assim 05 segmentos.



SAIBA RECONHECER ALGUMAS DAS ESPÉCIES DAS JARARACAS NO BRASIL

As espécies mais comuns de jararaca no Brasil são:


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Jararaca-da-mata (Bothrops alcatraz)

É uma serpente de até 1,6 m, encontrada no Brasil (da Bahia ao Rio Grande do Sul) e em regiões adjacentes no Paraguai e Argentina.

Possui corpo marrom com manchas triangulares escuras, faixa horizontal preta atrás do olho, e região ao redor da boca com escamas de cor ocre uniforme.

A espécie é responsável por grande parte dos acidentes ofídicos registrados em sua área de ocorrência. Também é conhecida pelos nomes de jararaca-do-campo, jararaca-do-cerrado, jararaca-dormideira, jararaca-de-alcatrazes, jararaca-preguiçosa e jararaca-verdadeira.

Sua cor é marrom com amarelo escuro com rajas pretas. Perigosíssima, prepara o bote ao ver se aproximar qualquer ser. Vive em ambiente preferencialmente úmidos, como beira de rios e córregos, onde também se encontram ratos e sapos, seus pratos mais caçados. Dorme durante o dia debaixo de folhagens secas e úmidas, e gosta de tomar sol, geralmente sol pós chuva.


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Jararaca-ilhoa (Bothrops insularis)

É uma serpente sui generis, adaptada a vida arborícola ou semi arborícola, o que se reflete em diversos aspectos de sua morfologia e comportamento. Vive exclusivamente na Ilha da Queimada Grande a 35 km do litoral paulista, no município de Peruíbe.

Calculava-se existir cerca de três a cinco mil indivíduos na ilha, mas notícias recentes, avaliando por estimativa, declaram haver cerca de 2.000 animais apenas.


A jararaca-ilhoa não tem concorrentes nem predadores. Pode sobreviver cerca de seis meses sem se alimentar. Alimenta-se normalmente comendo aves e seus ovos, especialmente do atobá-pardo, muito comum na ilha. O veneno da Bothrops insularis é muito poderoso pois, pela sua ação inibidora, a pessoa poderá morre por falência geral orgânica ao fim de duas horas, após ser inoculada.


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Jararacuçu - (Bothrops jararacussu Lacerda)

Conhecida vulgarmente como jararacuçu, jararacuçu-verdadeiro, surucucu, surucucu-dourada, surucucu-tapete, urutu-dourado, urutu-estrela e patrona, é uma víbora venenosa da família dos viperídeos. De até 2m de comprimento e coloração dorsal variável entre cinza, rosa, amarelo, marrom ou preto, com manchas triangulares marrom-escuras.


É uma cobra bastante perigosa; uma só picada é capaz de injetar grande quantidade de toxina. O veneno inoculado tem o poder de causar grande dano como por exemplo: hemorragia, edema local, além de destruir os tecidos e causar serias complicações. Estas cobras são encontradas geralmente em florestas, por isto elas têm menos contato com as pessoas e a ocorrência de acidentes causados por elas é menor. mas nem por isso, deixa de ser de alta periculosidade.


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Urutu Cruzeiro - (Bothrops alternus) 

Conhecido culturalmente como urutu, cruzeiro e cruzeira, é um réptil ofídio da família Viperidae, a mesma da jararaca, cascavel e surucucu, que ocorre no Centro-Oeste e no Sul do Brasil, como também no Uruguai, Paraguai e Argentina. É classificada na série solenóglifa, quanto ao tipo de dentição, por ter as presas inoculadoras de veneno varadas por canais para a condução do veneno produzido em glândulas.


Seu veneno é o mais tóxico dentre as jararacas, com a exceção da jararaca ilhoa, três vezes mais peçonhenta.


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Caiçaca - (Bothrops moojeni)

Esta cobra apresenta grande semelhança com a jararaca. Vive em regiões de todo o Brasil, com exceção da região Norte. Seu veneno é muito perigoso e com certeza letal. A inoculação do veneno da caiçaca, causa necrose nos músculos, dores, inchaço local e hemorragia. Em caso de picada desta cobra é muito importante a aplicação do soro em menos de 4 horas.



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Cotiara - (Bothrops cotiara) 

Medindo em torno de 90 centímetros, é uma espécie muito peçonhenta. Ela habita a região Sudeste sendo encontrada no sul do Rio de Janeiro, sul de Minas e nordeste de São Paulo.

Em caso de acidente é preciso que a vítima seja medicada com o soro em menos de 4 horas para evitar complicações mais graves.

Seu veneno é necrosante e hemorrágico.



Ainda teremos as Jararacas: Jararaca-verde (Bothrops bilineatus) – é encontrada em mata primária, chegando a medir 70 cms.

Jararaca-do-norte (Bothrops atrox) – Vive em capoeiras, matas e lugares inundados. Muito encontrada na Amazônia, essa espécie chega a 1,50 metros de comprimento.

Jararaca-da-seca (Bothrops erythromelas) - vive em região de caatinga, e atinge apenas 60 cm de comprimento.

Estas são apenas as (Bothrops) mais conhecidas, obviamente existem outras que não estão apresentadas neste Blog, a ideia será apenas para que você possa ter uma visão mais ampla das variações encontradas em várias regiões do Brasil.



A SEGUNDA COBRA COM MAIOR INCIDENTE DE NOTIFICAÇÔES NO BRASIL
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A famosa cobra Cascavel, também chamada de (Crotalus Durissus), que eu imagino que quase todas as pessoas reconheceriam uma cobra cascavel assim que pudesse vê-la. Muito por causa do chocalho que carrega na sua cauda e talvez pelo seu formato em se enrolar para dar o bote. Esta cobra é responsável por pelo menos 10% dos incidentes com cobras venenosas no Brasil.

Extremamente venenosa, a cobra cascavel é temida em todos lugares em que se encontra, sendo que há várias espécies deste tipo de cobra no mundo. Internacionalmente, ela é conhecida pelo nome de Rattlesnake.

As diversas espécies de cascavéis são encontradas desde o sul do Canadá até o centro da Argentina, mas são mais abundantes e diversificadas nos desertos do sudoeste dos Estados Unidos e no norte do México. Há, porém, uma única espécie encontrada no Brasil e em alguns outros países da América do Sul, que é a Crotalus durissus.

Sempre fique atento aos sons quando estiver caminhando em qualquer local na natureza. A Cascavel ao se sentir em perigo e como disse no post acima, até para que não gaste seu veneno de forma desnecessária, esta espécie na maioria das vezes irá te avisar, agitando um conjunto de anéis que possuem na ponta de sua cauda, chamado de guizo (que se parece um chocalho) ela produz um som inconfundível alertando qualquer pessoa ou animal. No Brasil esta espécie pode chegar a mais de 1,50 m de comprimento. Tem também coloração castanha ou acinzentada ornamentada com linhas formando desenhos em formato de losango. As cascavéis são cobras de hábitos terrestres e noturnos. Elas são do tipo víboras (subfamília Crotalinae da família Viperidae), um grupo de cobras que recebeu esse nome devido ao pequeno orifício de detecção de calor entre cada olho e narina, como a Jararaca (Bothrops), comentado no post acima, a cascavel também possui a "Fosseta loreal", um termômetro que ajuda a localizar sua presa pelo calor do corpo, isso dá a esta espécie uma "visão" estereoscópica do calor.

No Brasil, as cascavéis se encontram presentes em áreas abertas de todas as regiões do país, especialmente as mais secas, com campos abertos e com vegetação rasteira, como áreas do Cerrado e da Caatinga. Além disso, podem ser encontradas em certos tipos de plantação (como a de café e a de cana-de-açúcar), e em pastagens.


IDENTIFICAÇÂO DOS PRINCIPAIS SINTOMAS DA MORDIDA DA COBRA CASCAVEL
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Entenda o que é *PTOSE

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Ptose é um termo médico que se refere à queda da pálpebra superior, também conhecida como pálpebra caída. É diagnosticada quando a margem da pálpebra superior cobre mais de dois milímetros da parte superior dos olhos. Na figura lateral, demonstro vítima atacada por uma Cascavel mostrando a queda da pálpebra da vítima, apresentará sintomas de visão turva e a chamada "Rabdomiólise com Mioglobinúria" e uma possível lesão renal. O acidente crotálico provocará escurecimento da urina da vítima que poderá ser identificada com a cor cada vez mais escura quanto mais grave seja a situação.


O tipo de soro antiofídico a ser aplicado será o "SAC" e apenas o médico poderá administrar a quantidade de ampolas que será ministrado conforme a gravidade do quadro da vítima.


A MAIOR COBRA VENENOSA DAS AMÉRICAS E COM MAIOR TAXA DE MORTALIDADE NO BRASIL
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A surucucu-pico-de-jaca (Lachesis muta), no território brasileiro só possui 01 espécie e é conhecida pela beleza e por ser a maior serpente peçonhenta das Américas e a segunda maior do mundo, atrás apenas da cobra-rei (Ophiophagus hannah), o réptil pode alcançar mais de três metros de comprimento e, ao final da cauda, tem escamas arrepiadas: daí surge o nome popular da espécie. A surucucu é carnívora e se alimenta exclusivamente de mamíferos de pequenos e médios porte, como ratos, camundongos, pacas e cotias. Esta espécie tem hábitos noturnos e, quando se sente ameaçada, vibra a cauda escamosa, o que produz um alerta sonoro para afugentar possíveis agressores, ao contrário da Cascavel que possui um chocalho, a surucucu bate e arrasta rapidamente sua calda nas folhas ou mesmo no chão do local emitindo assim o seu som de alerta.

Única serpente do gênero Lachesis presente no Brasil, a surucucu-pico-de-jaca pode ser encontrada em grande parte da Amazônia, nos estados do Amapá, Amazonas, Acre, Pará, Rondônia, Roraima e Mato Grosso; e na parte norte da mata atlântica, entre os estados do Ceará e do Rio de Janeiro. Esta cobra prefere regiões úmidas e com pouca presença humana, o que resulta em um baixo número de encontros, mas em compensação sua toxina é muito forte e sua tabela de sintomas já começa no estágio avançado.

De acordo com o Ministério da Saúde, poucos são os casos gerados pela surucucu. Em 2022, foram registrados 272.068 acidentes ofídicos causados por animais peçonhentos no Brasil e, deles, 284 gerados por serpentes da espécie, o que representa menos de 2% do total. Os meses de maior frequência de encontros com o animal são os quentes e chuvosos, períodos de maior atividade em áreas rurais. A maioria dos acidentes é classificada clinicamente como leve, porém, a demora no atendimento médico e soroterápico pode elevar a taxa de letalidade.

As cobras não tendem a ser agressivas. As picadas, geralmente, ocorrem em uma reação de defesa do animal. A grande maioria das nossas serpentes tem hábitos terrícolas e, por isso, é recomendado que se use uma bota. Os acidentes, geralmente, são nas pernas e nos pés e o sapato fechado diminui o risco da lesão.

O azarado que se deparar com a cobra e levar uma picada vai sofrer com a grande potência do seu veneno, que tem ação citotóxica, coagulante, hemorrágica e neurotóxica. Ele provoca diferentes reações, como inchaço, dor local, necrose, problemas de coagulação, hipotensão, além de diarreia e diminuição do ritmo cardíaco, podendo levar ao choque e, em casos graves, até mesmo ao óbito.


IDENTIFICAÇÂO DOS PRINCIPAIS SINTOMAS DA MORDIDA DA COBRA SURUCUCU
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O tipo de soro antiofídico a ser aplicado será o antibotrópico-laquético e apenas o médico poderá administrar a quantidade de ampolas que será ministrado conforme a gravidade do quadro da vítima.


A COBRA QUE VIROU LENDA DEVIDO AO PODER DE SUA TOXINA
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A cobra coral (Micrurus) é um gênero da família das cobras Elapidae que é bem conhecida em várias regiões do mundo. Ela é facilmente encontrada nos trópicos, especialmente no Brasil e nos demais países da América do Sul. Apenas no território brasileiro se encontram 33 espécies da cobra coral + 03 sub espécies que em média, pode alcançar de 50cms a 1,60 metros no máximo. Em geral, as cobras corais verdadeiras (Micrurus) costumam apresentar listras em três tons, com variações dependendo do local onde vivem. Acontece que não é somente o gênero Micrurus da família Elapidae (a cobra coral-verdadeira) que apresenta esse padrão colorido em seu corpo, desta forma, muitas pessoas confundem a verdadeira que possui uma forte toxina com a falsa. A espécie possui pouca abertura de boca e percebam que possui cabeça arredondada e sua cauda segue o mesmo padrão, desta forma se parece com uma grande minhoca, e ela possui hábitos parecidos, pois prefere locais praticamente subterrâneos. A espécie não dá bote para caçar suas presas e os acidentes com a cobra poderá ocorrer por tentar acessar com as mãos, buracos, levantar pedras e mesmo não ver a cobra e pisar na mesma.


IDENTIFICAÇÂO DOS PRINCIPAIS SINTOMAS DA MORDIDA DA COBRA CORAL (VERDADEIRA)
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O tipo de soro antiofídico a ser aplicado será o SEAL Soro Antiofídico Anti-Lapídico sendo "50% MIcrurus Coralinus + 50% Micrurus Frontalis" e apenas o médico poderá administrar a quantidade de ampolas que será ministrado conforme a gravidade do quadro da vítima.


DRY BITE

A pessoa ou você foi mordido por uma cobra, o tempo foi passando e você não apresentou nenhum quadro clínico natural de uma mordida de cobra daquela espécie. Pode ser que você tenha passado por uma situação chamada "Dry Bite" em tradução para o português "Mordida Seca". A serpente ou cobra pode ter mordido e não ter inoculado o veneno na sua corrente sanguínea. Cobras ou serpentes após atingirem a maturidade podem controlar o volume de veneno na inoculação, pois ela somente poderá dar um bote ou atacar para se defender, já que ela terá que gerar mais veneno no futuro, que é sua arma de caça e não irá desperdiçar á toa. Ao contrário disso, cobras menores, ou cobras/serpentes que ainda não alcançarem a maturidade irão usar todo o veneno que possuem e neste caso poderão ser mais perigosas do que cobras adultas. Tamanho não é documento neste caso. Mesmo assim o procedimento permanece o mesmo, é necessário que a pessoa seja conduzida até um hospital e o mesmo processo de assepsia deverá ser feito. Isso por que a pessoa poderá sofrer algum problema apenas pelas bactérias existentes na boca do animal. Entenda as possibilidades de classificação de DRY BITE


a) A Cobra pode estar lesionada ou machucada

b) O duto de transmissão do veneno pode estar entupido devido a quadros clínicos da cobra

c) A glândula de veneno pode ter sido esvaziada, por ter usado para caçar antes da sua mordida

d)O animal não quis inocular o veneno e mordeu apenas para se defender

e)Pode ter errado o bote e apenas arranhou com os dentes sem inocular o veneno


COBRAS NÃO PEÇONHENTAS
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Você identificou a espécie da cobra/serpente e tem certeza que ela não oferece risco por inoculação de veneno. Não peçonhentas são as cobras/serpentes que não possuem veneno, e por acaso são as que causam maior número de ocorrências no Brasil.

O que fazer

a) A sua segurança é essencial, verifique se o animal ainda oferece risco à vítima ou a você

b) Identifique o animal e se possível tire uma foto

c) Lave com água e sabão o local da mordida, se possível com água morna

d) Identifique o tipo da mordida, isso ajudará a identificar o procedimento a seguir

f) Chame ajuda e comunique sempre o hospital ou o suporte de socorro que irá atendê-lo

O que não fazer

a) Ingerir bebidas alcoólicas

b) Passar pó de café

c) Passar couro de cobra

d) Folhas de qualquer espécie

e) Fazer um garrote ou aplicar torniquete Voltar ao menu

OS ENCANTADORES DE COBRAS EM JEMAA EL FNA EM MARRAKESH / MARROCOS
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Você chegou em Marrakesh e está louco para conhecer a grande e famosa praça de Jemaa El Fna. A praça fica na parte histórica da cidade e foi incluída ao Patrimônio Cultural e Mundial da UNESCO no ano de 2008, por se tratar de um espaço que conserva a cultura original marroquina, tanto em suas atividades culturais e também da cultura gastronômica do Marrocos. De repente, andando pela praça você se depara, e fica hipnotizado frente a um encantador de cobras dominando com apenas o som de uma flauta 03 ou mais tipos de cobras venenosas da África, sim, aquelas conhecidas pelo pouco tempo de vida que dão á vítima devido à forte toxina de seu veneno. Seu foco está totalmente voltado para aquele momento e você não percebe que chegando rápido e por trás, um dos artistas da praça coloca em seu pescoço uma cobra e se afasta propositalmente, o alvo, são na maioria das vezes mulheres. A pessoa congela e para tirar a cobra do seu pescoço, você tem que pagar! Caso, seu parceiro de viagem saque fotos em que você se encontra naquela situação de perigo, ficará mais caro pra você. E caso, em um movimento rápido você se assuste e jogue a cobra no chão, muito pior, pois ele irá alegar que você machucou a cobra e tentará te convencer que se trata de uma "brincadeira cultural", em qualquer uma das situações, tente se negar a pagar e vai arranjar uma bela confusão com diversos encantadores de cobras venenosas muito agressivos em cima de você.

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Alguns turistas insistem em querer ter esta experiência e quando eu conduzo grupos para estes locais, eu faço com que a pessoa assine um documento de responsabilidade, onde, mesmo sabendo dos possíveis riscos ela queira ter uma foto nesta situação. Alguns países da África possuem pessoas que vivem no limite da pobreza e seu único meio de subsistência é o de viver através do dinheiro que conseguem tirar dos turistas "ingênuos".


MAS, ESTAS COBRAS NÃO POSSUEM VENENO...SERÁ?
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A pergunta de sempre: "Mas será que estas cobras possuem veneno?". Os artistas não possuem um certificado de controle de zoonose, assinado por um biólogo ou um veterinário reconhecido pelo governo para garantir a você, um turista corajoso, que não terá nenhum risco caso algum acidente deste tipo aconteça. Pensem que este artigo do Blog foi feito para que saibam que mesmo cobras que não possuem veneno podem através da sua mordida, podem causar infecções devido ás bactérias contidas em sua boca e podem em alguns casos causar até tétano. Respondendo a pergunta, se as tais cobras de Jemma el Fna possuem veneno, um vídeo escondido, escrito em árabe, mostra um dos encantadores de cobra sendo picado na boca e faleceu na rua.

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Pois sim, algumas cobras africanas possuem uma toxina forte o bastante para matar em minutos e vejam que estamos falando de uma possível mordida na região da cabeça. Nos prints do vídeo, um encantador estava se dirigindo para a praça em mais um dia comum de trabalho, e inesperadamente, foi mordido na boca por uma de suas cobras, poderão ver na sequência. O link do vídeo é o:

Entender os cuidados necessários que devemos ter antecipadamente poderá nos proteger e evitar situações que casos como este, poderão, além de estragar sua viagem, se tornar um pesadelo financeiro e em casos extremos levar a vítima á óbito.


A importância do seu guia conhecer o idioma local, a cultura, os possíveis riscos e além de tudo, seu guia deve conhecer e como aplicar APH e ter a noção do rápido atendimento médico se for necessário. Nunca viaje sem acionar seu seguro saúde, mas em alguns países se faz necessário saber em que hospital levar, pois as operadoras de seguro saúde não cobrem a internação e atendimento médico de urgência em todo hospital, e se caso, você fosse levado(a) até um hospital e o mesmo não cobrisse seu seguro. Você seria atendido e o custo deste atendimento médico e internação seria catastrófico.

IMPORTANTE Cheque sempre se seu guia possui um certificado de APH - Atendimento Pré Hospitalar e Resgate para conduzir sua viagem ou do seu grupo

O QUE FAZER NO CASO DE PICADA DE ESCORPIÃO
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O escorpião é um animal artrópode invertebrado, da classe dos aracnídeos, que pertence à ordem Scorpiones. Segundo o Instituto Butantã, pesquisas apontam que a espécie existe a mais de 450 milhões de anos. e acordo com o Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura de São Paulo, existem no mundo cerca de 2.200 espécies de escorpiões. Denise Candido, bióloga no Laboratório de Artrópodes do Instituto Butantan, explica que, apesar de todos serem venenosos, cerca de 30 causarão problemas mais sérios ao ser humano. “No Brasil, nós temos cerca de 180, 185 espécies de escorpiões e atualmente são quatro as espécies consideradas perigosas, que podem causar óbito”, afirma. Estas espécies poderão ser encontradas em biomas distintos, tais como florestas úmidas e desertos. São animais noturnos, que se escondem durante o dia sob troncos e cascas de árvores. São predadores que se alimentam de insetos e outros invertebrados. Os escorpiões são peçonhentos e possuem veneno forte e prejudicial ao ser humano, que é inoculado através do ferrão que possuem na cauda. Em caso de envenenamento, é preciso procurar auxílio médico o mais rápido possível, e sim, poderá levar à óbito dependendo da situação e das condições de saúde da vítima.

A gravidade da picada de escorpião depende da espécie e da quantidade de veneno injetada. O soro antiescorpiônico está disponível apenas nos hospitais de referência do SUS no Brasil.

No último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde em 2021, foram registrados mais de 154 mil acidentes desse tipo. Quanto aos óbitos, o dado mais recente disponível é de 2017, quando foram confirmadas 88 vítimas fatais no Brasil.


POSSÍVEIS LOCAIS E SITUAÇÕES DE RISCO

Os locais "comuns" que podem se transformar em locais de risco:


a) Áreas verdes, parques e cemitérios b) Linhas de trens

c) Florestas úmidas

d) Desertos

e) Sob pedras, troncos, cascas de árvores



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Os escorpiões preferem locais quentes e úmidos e necessitam de quatro elementos para sobreviver em qualquer terreno: alimento, água, abrigo e acesso. O lixo, por exemplo, atrai baratas, que servem de alimentação para os aracnídeos. Isole sempre seu lixo, amarre sacos ou mantenha fechado lixos e no caso de passeios na natureza, nunca descarte seu lixo no local, sempre carregue seu lixo e descarte apenas nos locais corretos.

Tomar alguns cuidados são muito importantes para evitar e atrair a presença de escorpiões. No exemplo ao lado, não deixar suas as botas de caminhada do lado de fora da barraca ou mesmo dos alojamentos, quartos e lodges. Isso poderá ser uma forma de atrair escorpiões ou mesmo aranhas ou cobras. Sempre manter seus sapatos dentro do local onde dormir e de preferência pendurados e mesmo assim, sempre bater antes de calçá-los.


O QUE FAZER E COMO FAZER PASSO A PASSO, APÓS A PICADA DO ESCORPIÃO
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Na foto, está demonstrado um exemplo da ferida após a picada do ferrão do escorpião em uma vitima. Apresenta um ponto de pus e vermelhidão ao seu redor. Os cuidados deverão começar pela assepsia local, com água e sabão, se possível água morna. Lembre-se de anotar a hora da picada na vítima e retire acessórios, tais como relógios, anéis e outros. Pois haverá inchaço após a picada e principalmente evita que anéis a serem cortados posteriormente.

O veneno do escorpião dependendo do tipo da espécie pode gerar alguns fatores diferentes de sintomas, desenvolvendo a Catecolamina ou Acetilcolina. Para que entendam, As catecolaminas são um dos mediadores inflamatórios que participam das reações do organismo ao veneno de escorpião. O veneno de escorpião é neurotóxico e pode causar dor local, despolarização das terminações nervosas, e liberação de catecolaminas e acetilcolina. Os sintomas gerados por cada mediador serão:

CATECOLAMINA a) Aceleração dos batimentos cardíacos (Taquicardia)

b) Boca seca

d) Contração da bexiga

e) Dilatação dos Brônquios

f) Dilatação da pupila

g) Dor local

h) Edemas e eritremas i) Possível paralesia local j) Possível priapismo


ACETILCOLINA


a) Aceleração dos batimentos cardíacos (Taquicardia) b) Contração da pupila

c) Dilatação dos Brônquios

d) Dor local

e) Edemas e eritremas

f) Estimulação de saliva g) Estimulações do pâncreas

h) Liberação de Glicose

i) Possível paralesia local

j) Possível priapismo

k) Possível ejaculação espontânea

l) Sudorese


IDENTIFICAÇÂO DOS PRINCIPAIS SINTOMAS APÓS A PICADA DE ESCORPIÃO
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APLICAÇÂO DO SORO ANTIESCORPIÔNICO

A aplicação do soro deve ser feita o mais rápido possível após o acidente. ATENÇÃO: O soro antiescorpiônico é o único medicamento eficaz para o tratamento de envenenamentos moderados e graves por escorpiões do gênero Tityus. Este soro não é indicado em casos de acidentes provocados por outros gêneros de escorpiões e deverá ser aplicado em no máximo até 04 horas após a picada. O soro antiescorpiônico, heterólogo e hiperimune, é indicado como um dos tratamentos para envenenamento causado por picada de escorpiões do gênero Tityus (escorpião marrom e escorpião amarelo). Após o soro ser aplicado, sempre em um hospital, a vítima deverá ser internada e permanecer em repouso e observação médica por até 24hs.


O QUE FAZER NO CASO DE PICADA DE ARANHA
Foto da cena da picada da Tarântula no seriado do History Chanel (Kings of Pain Season I)
Foto da cena da picada da Tarântula no seriado do History Chanel (Kings of Pain Season I)

As aranhas existem na terra a mais de 300 milhões de anos, foram catalogadas com mais de 40 mil espécies conhecidas em todo o mundo, e a OMS classificou 04 espécies sendo as mais venenosas do mundo, sendo que 03 delas se encontram no Brasil. Ou seja, praticamente em qualquer lugar podemos nos deparar com uma situação de encontro e picadas de aranha. Conhecer as espécies e principalmente saber o que e como fazer é o objetivo desta matéria.

As espécies mais venenosas são:

Latrodectus - Viúva Negra, Loxoceles - Aranha Marrom, Phoneutria - Aranha Armadeira e Atrax (Só encontrada na Áustralia), graças a Deus.

Na foto do destaque do tema "Picadas de Aranha", Os pesquisadores ADAN e ROB fazem experimentos com diversos insetos, colocando seu próprio corpo para medirem não apenas a dor da picada, mas também os sintomas posteriores. Para quem se interessar pelo tema, segue o link. https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=DQvoVGMonKg

PROCEDIMENTO PASSO A PASSO APÓS A PICADA


O que fazer

Em caso de picada de aranha, deve-se: 

  • Lavar o local com água e sabão 

  • Aplicar uma compressa morna para aliviar a dor 

  • Elevar o membro onde está a picada 

  • Procurar um serviço médico, mesmo que a dor seja moderada 

  • Se possível, levar a aranha para identificação ou tirar uma foto da mesma


O não que fazer

  • Cortar ou furar o local da picada para drenar o veneno 

  • Tentar sugar o veneno, pois ele se espalha rapidamente e pode causar infecções 

  • Colocar nada sobre a picada, exceto a compressa 

  • Consumir álcool, pois pode piorar a reação do corpo ao veneno

  • Fazer torniquetes, pois podem aumentar o risco de necrose  


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Para entender um pouco mais sobre as espécies mais perigosas encontrada no Brasil:


A FAMOSA ARANHA VIÚVA-NEGRA (LATRODECTUS)
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Latrodectus, conhecido pelo nome comum de aranhas-pretas ou viúvas-negras, é um género de aranhas pertencente à família Theridiidae, que inclui 32 espécies confirmadas. O nome comum viúva negra deriva da maioria das espécies deste género praticar o canibalismo sexual, sendo que a fêmea devora o macho após a cópula. A viúva-negra é uma aranha de pequeno porte, apresentando entre 1 cm e 3 cm de comprimento. Destaca-se por apresentar uma coloração preta com faixas vermelhas e um desenho, também em vermelho, que lembra uma ampulheta na região do abdômen. Uma curiosidade é que o veneno da aranha Viúva Negra, mesmo alcançando o tamanho máximo de até 3 cm possui uma toxina que chega a ser até 15x mais forte que o veneno da Cascavel.

A aranha viúva-negra pode ser encontrada em todo o Brasil, tanto em áreas rurais como urbanas, e é mais comum entre a primavera e o verão. 


Viúva-negra

Onde vive

Jardins, parques, gramados, plantações e residências

Como é

Corpo com cerca de 1 cm de comprimento e pernas com 3 cm de envergadura

Comportamento

Sedentária, faz teias irregulares, vive em grupo e não é agressiva

Acidentes

Ocorrem quando comprimidas contra o corpo


IDENTIFICAÇÂO DOS PRINCIPAIS SINTOMAS APÓS A PICADA DA VIÚVA-NEGRA
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Em alguns casos, a vítima também poderá sofrer outros sintomas tais como:

  • Dor intensa, ardência e queimação no local da picada

  • Dores de cabeça

  • Alterações cárdio respiratórias

  • Tremores

  • Rigidez

  • Câimbras dolorosas

  • Febre

  • Salivação 

SORO

O tratamento para a picada de uma viúva-negra é feito com neostigmina, gluconato de cálcio, analgésicos, relaxantes musculares e/ou ansiolíticos. Com o soro específico, os sintomas regridem em cerca de 24 horas. Sem o soro, o tratamento sintomático pode deixar o acidentado hospitalizado por pelo menos 10 dias.

A LENDA SOBRE A ARANHA MARROM (LOXOSCELES)
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Loxosceles é um gênero de aracnídeos peçonhentos pertencentes à família Sicariidae, conhecidos pelos casos onde sua picada tem efeito necrosante, apesar de a grande maioria das picadas não chegar nessa gravidade. Os membros destes gêneros são conhecidos pelos nomes comuns de aranhas-marrom ou aranhas-violino. Trata-se de aranhas pequenas, com corpo marrom e que possuem um veneno poderoso, conhecido, principalmente, por seus efeitos necróticos. O envenenamento por aranha-marrom é chamado de loxoscelismo.

O loxoscelismo pode se manifestar de duas formas: cutânea e cutânea-visceral. Essa última é uma forma grave de envenenamento, que pode até mesmo levar o indivíduo à morte. De maneira geral, o tratamento inclui a limpeza do local da picada, administração de analgésicos e uso de compressas frias. A depender da gravidade do caso, recomenda-se o uso de soro antiloxoscélico e até mesmo transfusão sanguínea."


IDENTIFICAÇÂO DOS PRINCIPAIS SINTOMAS APÓS A PICADA DA ARANHA MARROM
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SORO

O soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria e Tityus), quando administrado no paciente picado por aranhas dos gêneros Loxosceles (aranha marrom) e Phoneutria (aranha armadeira) ou por espécies de escorpiões do gênero Tityus (escorpião marrom, escorpião amarelo, etc.) age neutralizando o veneno em circulação.


 A FEROZ ARANHA ARMADEIRA (PHONEUTRIA)
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Phoneutria é um gênero de aranhas conhecidas pelos nomes comuns de armadeira, aranha-macaco ou aranha-de-bananeira, pertencentes à família dos ctenídeos. O nome comum armadeira vem da sua atitude invariável de ataque, com as patas dianteiras erguidas. "No total, existem oito espécies delas, sendo a Phoneutria nigriventer a mais estudada no Brasil. As aranhas-armadeiras encontram-se na América Central e América do Sul.

São animais noturnos e desenvolvem até 17 centímetros de comprimento. Apresentam coloração variável, sendo observada em algumas espécies a cor marrom e uma série de pontos mais claros em seu abdome. O nome popular dessas aranhas está relacionado com a posição que adotam no momento de defesa.

Ao se sentirem ameaçadas, elas levantam as pernas anteriores e se apoiam nas pernas traseiras. Elas deixam à mostra suas quelíceras, as quais possuem os ferrões capazes de injetar o veneno. Vale salientar que, na maioria das vezes, essas aranhas fogem quando são ameaçadas, entretanto, em situações em que estão encurraladas, armam-se para a defesa.

As aranhas-armadeiras são encontradas frequentemente em palmeiras, bromélias e bananeiras, sendo também conhecidas como aranhas-de-bananeira. As armadeiras podem se esconder também em materiais de construção, sapatos, troncos e móveis. As pessoas, ao manusearem esses objetos ou até mesmo calçarem um sapato sem analisar seu interior, podem ser picadas, sendo esse o motivo de picadas nos pés e mãos serem mais comuns."


IDENTIFICAÇÂO DOS PRINCIPAIS SINTOMAS APÓS A PICADA DA ARANHA ARMADEIRA
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SORO

O mesmo soro para a Aranha Marrom será aplicado à picada da Aranha Armadeira, sendo o soro antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria e Tityus), quando administrado no paciente picado por aranhas dos gêneros Loxosceles (aranha marrom) e Phoneutria (aranha armadeira) ou por espécies de escorpiões do gênero Tityus (escorpião marrom, escorpião amarelo, etc.) age neutralizando o veneno em circulação.


INFORMAÇÃO MAIS IMPORTANTE SOBRE O ASSUNTO APRESENTADO NO BLOG

Os temas apresentados neste Blog são meramente informativos e servirão apenas para que você, Guia de viagens nacionais ou internacionais e/ou interessados em se aprofundar nos conhecimentos básicos sobre o que fazer no caso de picadas de animais peçonhentos ou usuários que chegaram até aqui através de redirecionamento de links de redes sociais ou palavras chave redirecionadas pelo sistema de busca do Google. Quero deixar claro que o tema descrito servirá apenas como informativo e não como um guia médico ou mesmo como normas e procedimentos, sendo assim, apenas um médico habilitado poderá orientar e definir cuidados necessários após um acidente com animais peçonhentos. Os sintomas e a gravidade do quadro clínico da pessoa dependerá de seu histórico e doenças preexistentes, onde cada pessoa poderá apresentar sintomas diferentes, e o protocolo obrigatório será sempre levar a pessoa á um hospital, mesmo quando os sintomas apresentados sejam leves. Em qualquer caso onde você tenha que aplicar técnicas de APH, o protocolo obriga a jamais deixar de comunicar e pedir atendimento de urgência médica ao órgão responsável, podendo ser: 192 SAMU 193 Corpo de Bombeiro

190 Caso de Urgência Polícia Ambiental (11) 5067-1813 - Polícia Ambiental (até 18hs)

(11) 2627-9751 - Instituto Butantan SP


Anote dados essenciais da vítima, tais como doenças preexistentes, alergias, doenças hereditárias, perguntar se a pessoa tem convênio médico ou não, e se sim, se ela está com sua carteirinha em mãos. Comunique algum familiar ou contato que possa acompanhar a vítima no hospital, pois nos casos de mordida ou picada a pessoa ficará internada e acompanhada por um médico pelo menos por 24 horas.



Eu sou o Mauro Popovs, guia de viagens internacionais. formado como guia de montanha avançado pelo Corpo de Bombeiros de SP, certificado pela escola Tactical Academy na formação das técnicas "Stop the Bleed Internacional" e "APH-T Atendimento Médico Hospitalar Tático". Especialista em roteiros de deserto e condução segura de passageiros na região do Oriente Médio. Espero que o conteúdo do Blog possa ter sido útil em sua busca e espero vê-lo(a) em nosso próximo grupo de viagens.


 
 
 

5 comentários

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10 de out. de 2024
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Muito bom

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Convidado:
03 de out. de 2024
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Informações precisas e de fácil entendimento! Recomendo o blog! Excelente! Parabéns!!!!

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Convidado:
03 de out. de 2024
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Blog explicativo de fácil entendimento. Muito bom

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Convidado:
03 de out. de 2024
Respondendo a

Top🙏

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Convidado:
03 de out. de 2024
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Texto bem explicativo e detalhado, parabéns!

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مرحبا Marhaba

Olá, obrigado por sua visita.
Meu compromisso será sempre manter dicas e informações exclusivas para que tenham a melhor experiência em sua viagem.

Mauro Popovs

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