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Jerusalém, o local mais sagrado do mundo.

  • Foto do escritor: Mauro Popovs
    Mauro Popovs
  • 21 de jun. de 2021
  • 10 min de leitura

Atualizado: 13 de mar.

O local do nascimento e pilares das principais religiões do mundo. Cristianismo, Judaísmo e Islamismo vivendo juntos até hoje no mesmo local.

Foto lado esquerdo, vista do Monte das Oliveiras, lado esquerdo, Muro das Lamentações
Foto lado esquerdo, vista do Monte das Oliveiras, lado esquerdo, Muro das Lamentações

A cereja do bolo, ou local mais importante para quem visita Israel, sem dúvida é e sempre será Jerusalém. Uma cidade moderna que conserva toda a história e vive até hoje em suas ruas a tradição das principais religiões do mundo.


Uma das cidades mais antigas do mundo, solo sagrado pelas 03 religiões Abraâmicas: Cristianismo, Islamismo e Judaísmo. Palco principal do conflito entre Palestinos e Judeus, os dois por reivindicarem Jerusalém como sua capital, mas o conflito se estende também devido a religião e será um conflito que provavelmente nunca irá acabar.


História

5000 anos de história

Quando estou conduzindo grupos e estamos em Jerusalém, as pessoas sempre se surpreendem quando conto que a cidade foi atacada 52 vezes, conquistada e reconquistada 44 vezes, sitiada 23 vezes e destruída e reconstruída por completo 02 vezes. A parte mais antiga de Jerusalém está dentro dos muros construídos em torno da cidade, divididas em 04 bairros, sendo: Armênio, Católico, Islâmico e Judeu. Em 1981 se tornou patrimônio da humanidade e está na lista de patrimônios em risco do mundo. Fora dali, a cidade tomou forma num aspecto moderno e dinâmico.

Vamos falar sobre a parte amuralhada, que é o local que contém os principais pontos a serem visitados pelos peregrinos do mundo todo.

Com 12 metros de altura, 4,5 quilômetros de comprimento e 34 torres de vigilância, a muralha de Jerusalém protege a Cidade Velha, uma área de pouco mais de 1 quilômetro quadrado.

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A Cidade Velha de Jerusalém é protegida por fortes muralhas há mais de dois mil anos. Embora a muralha atual remonte ao século XVI, a reconstrução manteve as oito portas que historicamente permitiram o acesso à Cidade Velha de Jerusalém.

Os portões são visíveis na maioria dos mapas antigos de Jerusalém nos últimos 1.500 anos. Durante diferentes períodos, as muralhas da cidade seguiram contornos diferentes e tiveram um número variável de portões. Durante a era do reino cruzado de Jerusalém (1099-1291), Jerusalém tinha quatro portões, um de cada lado. As atuais muralhas da Cidade Velha de Jerusalém foram construídas por Suleiman, o Magnífico, que lhes forneceu sete portões: seis novos portões foram construídos. O portão chamado Golden Gate é o mais antigo e previamente selado foi reaberto (apenas para ser novamente selado após alguns anos). Os sete portões na época de Suleiman eram: Portão de Damasco; Portão Dourado; Portão de Herodes; Portão de Jaffa; Portão dos Leões; Silwan Gate (também conhecido como Mughrabi Gate, e agora como Dung Gate), e Portão de Zion.

Na imagem acima, poderão ver graficamente como funcionam estas divisões e mostrar também os portões que permitem a entrada na área mais importante de Jerusalém "dentro dos muros". Por uma questão puramente logística, quando eu (Mauro Popovs) estou guiando os grupos eu costumo entrar nesta área usando apenas 03 destes portões. O mais utilizado é o portão de Zion, depois o Jaffa Gate e também uso algumas vezes o Portão de Damasco na entrada do bairro árabe de Jerusalém ao norte da cidade velha.


Portões de Jerusalém

1.Portão de Zion (Zion Gate) שער ציון | Bab Sayoum باب صهيون

Jerusalém é um local tão mágico e com tanta história, que os portões de acesso a cidade velha possuem histórias muito marcantes. O Portão de Zion, também conhecido como Bab Harat al Yahud (Portão do bairro Judeu) ou Portão do profeta David. Para os brasileiros é conhecido como Portão de Sião. Foi construído em 1540, antigamente era o Portão Medieval que ligava de forma direta á rua dos Judeus (Cardo), este portão foi mencionado na Bíblia no capítulo (Samuel 5:7) sendo o local de uma fortaleza Jebusita conquistada pelo Rei David. De acordo com o relato em II Samuel (II Samuel 5:7), depois de conquistar a "fortaleza de Sião", David construiu ali seu palácio e a Cidade de David. O local foi mencionado também em Isaías 60:14, nos Salmos e em Macabeus (século II a.C.).

Este portão dá acesso aos bairros "Judeu e Armênio" e eles servem como um lembrete da Guerra de Independência israelense de 1948.


2.Portão de Dung, Mughrabi Gate ou Porta do Lixo

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É o portão de acesso a parte árabe de Jerusalém, além do portão de Damasco, foi inaugurado em 1537. Uma porta usada para saída de todo o lixo ou resíduos de Jerusalém. Depois da Porta de Jaffa, é um dos portões mais movimentados, já que se comunica diretamente com o Muro das Lamentações e com o Monte do Templo, os monumentos mais importantes de Jerusalém.


4.Portão Dourado (Golden Gate) Sha´ar Harahamin - שער הרחמים

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É o portão mais antigo de Jerusalém e a única que está bloqueada, possui vários nomes, sendo: Portão da Misericórdia, Portão da Piedade, Portão da Vida Eterna, Bab al-Dhahabi ou al-Zahabi (em árabe) e etc. A porta é original do século V e foi usada até 1541, quando o sultão Solimão, o Magnífico mandou fechá-la. De acordo com a tradição judaica, a Porta Dourada apenas será aberta quando o Messias chegar, e ele entrará em Jerusalém através dessa porta.


5. Porta dos Leões (Lion Gate) Sha´ar Ha ´Araoit - باب الأسباط | שער האריות

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Também conhecido como Portão de São Estevão ou Portão das Ovelhas, sobre o nome Porta dos Leões, A porta recebe esse nome pelos casais de felinos que flanqueiam as suas laterais. Fica bem em frente ao Monte das Oliveiras e é a porta principal para entrar na muralha pelo lado leste da cidade. A entrada pela Porta dos Leões marca o início da Via Dolorosa, pelo qual muitos fiéis começam aqui a sua rota seguindo a Paixão de Cristo.


6. Porta de Herodes (Herod´s Gate) Sha´ar HaPrakhim - שער הפרחים

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Portão de Herodes é o nome cristão do portão e Bab az-Zahra é o nome árabe muçulmano do portão. Baixa e estreita, a Porta de Herodes é o acesso principal ao bairro muçulmano da Cidade Velha de Jerusalém. Também é conhecida como Porta das Flores, pela decoração floral da parte superior da torre. Em "Lucas 23:7" está descrito o momento em que Jesus Cristo foi enviado por Pôncio Pilatos a Herodes Antipas. Também por esse caminho era possível chegar à casa de Pôncio Pilatos, uma tradição cristã identifica o local da vizinha Igreja Ortodoxa Grega de São Nicodemos onde seria o palácio de Herodes Antipas. A Porta de Herodes fica a uma curta distância da Porta de Damasco com acesso ao bairro Palestino de Epônimo, com uma elevação de 755 mts acima do nível do mar. Hoje em dia é uma zona bastante movimentada, com postos de fruta na entrada e grupos de muçulmanos entrando em rumo à mesquita.

A igreja atual é construída em cima de uma igreja em ruínas dos cruzados e é chamada em árabe Deir al-'Adas, "o mosteiro das lentilhas", com base em outra tradição que afirma que já teve uma cozinha de sopa que alimentava os pobres com sopa de lentilhas. Ainda outra tradição afirma que a igreja foi construída em cima da prisão em que São Pedro foi detido por Herodes Agripa, sobrinho de Herodes Antipas. Perto do portão fica um bairro árabe chamado Bab az-Zahra. Az-Zahra é uma corruptela do nome As-Sahira dado à colina e cemitério do outro lado da estrada, onde estão enterradas as pessoas que realizaram a peregrinação a Meca. Surata 79; 6-14 do Alcorão, onde se fala do Dia da Ressurreição usando a frase "eles retornarão à superfície da terra ("as-sāhira")", e uma antiga tradição interpreta este termo como o nome próprio de um vale ou planície de concreto, identificado pelo menos desde o século 11 como o vizinho Vale do Cedron. O outro significado de "sahira", tomado como verbo, é "estar atento" e indicaria como os recém-ressuscitados ficariam esperando os eventos que se seguiriam. O nome "Sahira", uma vez corrompido para "Zahra", às vezes traduzido como "Zahara" e em mapas do final do século 19 e início do século 20 como "Zahira (h)", tornou-se muito semelhante a uma palavra árabe para flor ou flor, zahra. Sha'ar Ha Prakhim,"


7. Porta de Damasco

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Majestosa, imponente e cheia de história. A porta de Damasco é a maior das oito portas de Jerusalém e durante milênios recebeu peregrinos e comerciantes que vinham da Síria. A Porta de Damasco que vemos hoje em dia foi reconstruida no século XVI sobre os vestígios de uma antiga porta construída por Adriano no século II. Fica ao norte da muralha e dá acesso ao souk do bairro muçulmano.


8. Porta Nova

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Tanto o nome como o seu aspecto deixam claro que a Porta Nova não formava parte da histórica muralha de Jerusalém. Construída em 1887, essa porta foi construída pelo Império Otomano para permitir o acesso ao bairro cristão.


A tradição Bíblica relata que o Rei Davi conquistou a cidade dos Jebuseus, estabelecendo-a como a capital do Reino Unido de Israel. Seu filho, o Rei Salomão, encomendou a construção do primeiro Templo. Local apontado por Deus à Abraão, local da crucificação de Jesus e é o terceiro local mais sagrado para os Islâmicos, após Meca e Medina na Arábia Saudita.

A partir das escrituras do Alcorão e seguindo a tradição Islâmica, em 610 a cidade de Jerusalém foi considerada a primeira Quibla* (Em tradução simples, significa direção), tal como hoje é Meca, seria o local sagrado e o ponto focal para as orações Muçulmanas do Salat. Também é o local onde Maomé teria feito a viagem noturna, sendo recebido no monte Moriáh pelo Anjo Gabriel "Jibril جبريل em árabe" e teria sido levado até sétimo céu para falar com Deus.

Em apenas 09 kilometros quadrados, é o lar dos mais importantes símbolos religiosos do mundo, sendo:

A Igreja do Santo Sepulcro, o local mais sagrado para o Cristianismo.
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Monte do Templo Cúpula da Rocha (Domo da Rocha)
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Construído em 691 d.C, localizado no Monte Moriah ou Monte do Templo exatamente no centro de Jerusalém, é um centro de estudos islâmicos, que recebe também o nome de Mesquita de Umar, pois já foi antigamente uma mesquita e ainda pode ser utilizada como, seu nome em árabe é "Qubbat al-Sakhrah". Considerado um local sagrado para judeus e muçulmanos, já que contém em seu interior a pedra original, onde se acredita ter sido a pedra utilizada por Abraão que segundo a tradição religiosa teria servido como um altar, onde a vida de seu filho Isaac teria sido oferecida em sacrifício a Deus. A pedra segundo a religião judaica teria sido também um altar de sacrifícios utilizado por Jacob e outros profetas judaicos. Curiosamente a cúpula dourada é sim feita de ouro, possui uma cobertura de ouro de mais de 100 mil moedas de dinar derretidas e é considerada uma obra prima da arquitetura bizantina. Atualmente o local onde está localizado o Domo da Rocha era o antigo local onde foi construído o Templo de Salomão por duas vezes, tanto o primeiro quanto o segundo templo sempre foi sagrado para a religião judaica, pois em seu interior guardava a Arca da Aliança, dentro da Arca estavam a tábuas dos dez mandamentos de Moisés, a vara de Aarão e Maná, que seriam as relíquias mais sagradas para os Israelitas. Após a Guerra dos Seis Dias, em respeito á religião islâmica, já que na época de seu domínio haviam construído no Monte Moriah o segundo e o terceiro local mais sagrado para o islamismo no mundo, após Meca, sendo: a "Mesquita de Al Aqsa" e o próprio "Domo da Rocha" , e também para ajudar a manter a paz entre os dois povos, o Estado de Israel permitiu que a área fosse controlada pela Jordânia e estivesse sob domínio da religião islâmica. Que se mantém até hoje nestas condições, por este motivo a visita de judeus mesmo na área da esplanada é limitada e algumas vezes exige acompanhamento de seguranças armados para evitar conflitos com os muçulmanos. A visita do público ou o turista convencional deve respeitar a determinação religiosa imposta pelos líderes religiosos locais e não existe permissão para acessar o interior do Domo, nem ao menos para conhecer.



O Jardim da Tumba (Local sagrado para Evangélicos e Protestantes)
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Parede ocidental (Muro das Lamentações), local sagrado para a religião Judaica
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A mesquita de Al Aqsa
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Torna-se essencial a contratação de um guia especialista em Jerusalém, para não perder nada da história e posso comentar como guia que a cada 05 metros caminhando existe uma novo e importante fato histórico.

Nada melhor que descrever um passo a passo de como eu conduziria como guia, então vamos lá:


Podemos começar a viagem por Israel, sempre desembarcando no aeroporto de Ben Gurion em Tel Aviv, o principal aeroporto internacional de Israel. Se você estará fazendo parte de algum grupo guiado, o tour seguirá inicialmente para o norte do país e deixará por último Jerusalém antes de embarcar de volta ao seu país de origem. A outra forma seria começar o tour, que normalmente tem duração de 07 dias por Jerusalém, onde reservamos mais dias devido a sua importância e logo após se dirigir para o norte do país.


Entrada triunfal em Jerusalém, vista do Monte Scopus

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O Monte Scopus (monte dos observadores) é na verdade uma montanha com uma altitude de 2710 pés ou 826 metros acima do nível do mar. Localizado na parte nordeste de Jerusalém.

O monte tem uma vista bem extensa e ampla de Jerusalém e foi usado estrategicamente como uma base para atacar Jerusalém diversas vezes durante a antiguidade.

Esse monte também foi palco do encontro entre Alexandre o Grande e os sacerdotes que o receberam .

Os Cruzados utilizaram o monte como uma base no ano de 1099. Como resultado do acordo árabe-israelense de 1948, parte do Monte Scopus ONU se tornou um enclave protegido por propriedades judaicas mesmo quando a Jordânia ocupou território até a Guerra dos Seis Dias em 1967.

Hoje, o Monte Scopus está dentro dos limites municipais da cidade de Jerusalém e no local estão estabelecidas importantes instituições, a principal delas é a Universidade Hebraica de Jerusalém e o Hospital Universitário Hadassa.

O que costumamos chamar de entrada triunfal em Jerusalém consiste após desembarcarmos dos ônibus fazer um brinde com vinho como antigamente era feito em pequenas taças de madeira, tais como a foto acima.

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A viagem para Israel pode oferecer um cenário totalmente totalmente diferente dependendo da época em que seja visitado. Nos meses de Dezembro e Janeiro, os visitantes poderão ser surpreendidos por cenários de neve, tais como este na foto.


A primeira impressão é a que fica. Bem vindos ao Monte das Oliveiras.

Um dos primeiros lugares a serem visitados em Jerusalém, poderá ser o Monte das Oliveiras. Não apenas devido a sua geografia que permite uma visão ampla do Monte do Templo, a parte amuralhada, mas também a visão do cemitério Getsemani e o cemitério Islâmico logo a sua frente. Mas principalmente a possibilidade em poder ter a visão geral sobre o caminho feito por Jesus em suas passagens em Jerusalém.

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Sempre digo que somos a soma de todas as pessoas que passaram em nossa vida. Meu mestre, considerado o melhor guia do Museu Yad Vashem de Jerusalém, Alfredo Levin #alfredolevin foi dos meus Mestres sobre o país e os principais pontos turísticos de Israel.

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O Monte das Oliveiras está situado na parte leste de Jerusalém, com altitude de 826 metros, onde permite que o guia possa descrever apontando o trajeto percorrido por Jesus em Jerusalém. O local é sagrado para as 03 religiões Abraâmicas, mas principalmente para os cristãos, já que é o local onde Jesus fez sua oração angustiada a Deus, sabendo de seu destino antes de sua morte. É considerado o local de ascensão de Jesus.


Mais informações em breve...


Eu sou o Mauro Popovs, guia e especialista no acompanhamento de grupos, capacitação e elaboração de viagens de incentivo e peregrinações para a empresa Europax. Espero que o conteúdo do Blog possa ter sido útil em sua busca e espero vê-lo(a) em nosso próximo grupo para Portugal e Europa.

 
 
 

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مرحبا Marhaba

Olá, obrigado por sua visita.
Meu compromisso será sempre manter dicas e informações exclusivas para que tenham a melhor experiência em sua viagem.

Mauro Popovs

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